Regiões do Brasil

  O Brasil apresenta uma área de 8.514.876 Km2, cuja densidade demográfica e 22,43 habitantes por quilometro quadrado, sendo dividido em cinco regiões - Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sul e Sudeste -, assim apresentado no mapa a seguir:



  Em 1970 o órgão responsável pela divisão do país, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), levou em consideração os seguintes aspectos: a semelhanças nos aspectos físicos, humanos, culturais, sociais e econômicos.

  Conheça todas as características relacionadas à economia, relevo, clima, hidrografia, vegetação e demografia, de todas as regiões do Brasil:
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Região Nordeste

  A região Nordeste é a terceira maior região do Brasil com uma área de 1.561.177,8 km², o que corresponde a 18,26% da área total do país, e a maior em número de estados, possui nove:












  Devido as diferentes características físicas que apresenta, a região Nordeste é dividida em sub-regiões: meio-norte, sertão, agreste e zona da mata.

  •  Meio-Norte: transição entre a Floresta Amazônica e a caatinga, também é conhecida como Mata dos Cocais. Vai do Maranhão a oeste do Piauí; 
  •  Sertão: o clima é semiárido e vegetação é a caatinga. Chega a quase sua totalidade no interior nordestino, mas nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte alcança o litoral; 
  •  Agreste: transição entre o sertão e a zona da mata, é a menor sub-região do Nordeste. Vai do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia; 
  •  Zona da Mata: suas características são chuvas abundantes, é a zona mais urbanizada, industrializada e economicamente desenvolvida da região Nordeste.

Economia

  A economia nordestina é bastante diversificada. Nos últimos anos apresentou um forte dinamismo nas áreas de exploração petrolífera e turismo. Salvador, Recife e Fortaleza são as capitais regionais onde estão as maiores concentrações econômicas, atuando como polos de atração populacional.

Relevo

  O relevo da região Nordeste possui dois grandes planaltos: Borborema e bacia do rio Parnaíba. Possui também chapadas como a chapada Diamantina, na Bahia, onde encontramos o pico mais alto da região, o pico do Barbado com 2.033 metros de altitude. Além dos planaltos já citados a região nordestina possui a depressão Sertaneja São Francisco, parte dos planaltos e serras do Leste-Oeste, planícies e tabuleiros litorâneos.

Clima

É uma região de caracterização climática complexa. Apresentando quatro tipos de clima:
  • Equatorial úmido: presente em uma pequena parte do Maranhão, na divisa com o Pará.
  • Litorâneo úmido: ocorre no litoral da Bahia ao Rio Grande do Norte. 
  • Tropical: está presente nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão e Piauí. 
  • Tropical semiárido: todo o sertão nordestino.

  Quanto ao regime térmico, na região nordeste as temperaturas são elevadas, com médias anuais entre 20 e 28 ºC. As chuvas são fonte de preocupação na região, variando de 2.000 mm até valores inferiores a 500 mm anuais. A precipitação média anual é inferior a 1.000 mm. Além disso, no sertão nordestino o período chuvoso dura em cerca de três meses no ano, podendo eventualmente até não existir, causando as secas.

Hidrografia

  Apesar de estar com 72,24% de seu território dentro do Polígono da Seca (municípios sujeitos a repetidas crises de prolongamento das estiagens e, consequentemente, objeto de especiais providências do setor público), a região Nordeste possui cinco bacias hidrográficas:
  • Bacia do São Francisco: formada pelo rio São Francisco e seus afluentes é a mais importante da região. Possui quatro hidrelétricas: Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso e Xingó. Faz a divisa natural dos estados da Bahia com Pernambuco e de Sergipe com Alagoas.
  • Bacia do Parnaíba: com 344.112 km² é a segunda mais importante, drena boa parte do Piauí, parte do Maranhão e Ceará.
  • Bacia do Atlântico Nordeste Oriental: abrange os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas e possui 287.384 km². Seus principais rios são: Jaguaribe, Capibaribe, Acaraú, Paraíba.
  • Bacia do Atlântico Nordeste Ocidental: fica entre a região Norte e a Nordeste, localiza-se praticamente em todo o estado do Maranhão. Suas sub-bacias formam mangues, várzeas, babaçuais, etc.
  • Bacia do Atlântico Leste: divide-se entre os estados da Bahia e Sergipe, no Nordeste e Minas Gerais e Espírito Santo, no Sudeste. Com totalidade de 364.677 km².

Vegetação

  A vegetação da região Nordeste é bastante variada. Abaixo segue as vegetações mais importantes:
  • Mata Atlântica: também conhecida como floresta tropical úmida, originalmente poderia ser encontrada em toda faixa litorânea desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, mas hoje devido a desmatamento só existe 5% da mata original.
  • Mata dos Cocais: vegetação de transição entre os climas semiárido, equatorial e tropical. Abrange os estados do Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte e parte do Ceará. Suas árvores nativas são a carnaúba e o babaçu.
  • Cerrado: ele está presente no sul do Maranhão e no oeste baiano. 
  • Caatinga: é a vegetação típica do sertão.
  • Vegetações litorâneas e matas ciliares: na vegetação litorânea podemos incluir os mangues, restingas e dunas, importantes ecossistemas para preservação de rios e lagoas e espécies de crustáceos, já as matas ciliares podem ser encontradas no cerrado ou na Zona da Mata, são pequenas florestas nas beiras dos rios com bastante material orgânico no solo e são responsáveis pela preservação dos rios e mares.

Demografia

A região do Nordeste é a segunda mais populosa do Brasil, abriga uma população de aproximadamente 53.081.950 habitantes, cuja densidade demográfica é de 34,15 habitantes por quilometro quadrado. 

Região Norte

  A região Norte do Brasil é a mais extensa, com 3.869.637,2 km², o que corresponde 45,25% do território nacional. Possui sete estados:










  Apesar de ser a maior região do Brasil, é a menos povoada, sua população corresponde apenas 7,6% do país.

Economia

  A economia regional possui como marca central a relação com a extração de produtos vegetais e recursos minerais. Os principais polos industriais encontram-se nas cidades de Manaus e Belém, com a produção de matérias eletroeletrônicos, material de transporte e mecânica. Em algumas das outras capitais regionais, como Boa Vista, Macapá, e Porte Velho, merecem destaque as indústrias têxteis, químicas e de alimentos.

Relevo

O relevo da região Norte pode ser dividido em três partes: 
  • Planícies e Terras Baixas Amazônicas: Apesar do relevo da região Norte  ser conhecido por planícies, apenas uma pequena margem do Rio Amazonas, e alguns pequenos trechos em partes elevadas, são propriamente ditas planícies. Essa parte é dividida em três subgrupos: 

  1. Igapós: São as partes mais baixas, constantemente inundadas pela cheia do Rio Amazonas.
  2. Tesos ou terraços fluviais (Várzeas): Possuem altitudes menores que 30 metros e são inundadas pelas cheias mais fortes. 
  3. Terra firme: Podendo chegar a até 350 m de altitude, está livre das inundações. A composição do terreno é basicamente de arenito. 
  • Planalto das Guianas: É uma formação de relevo constituída basicamente por terrenos cristalinos. Ele vai do Brasil até a Venezuela e as Guianas. Na fronteira desses países encontra-se a Região Serrana, onde está localizada a Serra do Imeri, Parima, Pacaraima, Acarai e Tumucumaque. É na Região Serrana que encontramos o pico mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, na Serra do Imeri, no norte do estado do Amazonas; 
  • Planalto central: Fica na parte sul da região, abrangendo o estado do Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. Sua constituição é feita por terrenos cristalinos e sedimentos antigos.

Clima

  Os climas na região Norte possuem como marcas fundamentais as altas temperaturas durante todo ano (com baixa amplitude térmica) e a elevada umidade do ar, causada pelos inúmeros rios e pela evapotranspiração, que provoca constantes chuvas de convecção. Outro fator climático importante na região é a atuação dos ventos alísios provenientes dos hemisférios Norte e Sul, trazendo mais umidade para região. A região apresenta os maiores índices de precipitação do país, geralmente superiores a 1800 mm por ano.

   As maiores incidência de chuvas são nas áreas do litoral do Amapá, foz do Rio Amazonas e algumas partes da Amazônia Ocidental.
Os climas predominantes são:
  • Equatorial úmido: Apresenta-se em todos os estados da região. É caracterizado por elevadas temperaturas e grande quantidade de chuvas durante todo o ano. 
  • Tropical continental: Possui como característica básica a alternância de estações secas e chuvosas ao longo do ano. Este clima predomina no Tocantins, no noroeste do Pará e nordeste de Roraima.
  • Equatorial superúmido: Situado na porção centro-oeste da Amazônia, este clima não apresenta estação seca e é relacionado com elevados índices de precipitação e elevada umidade do ar.

Hidrografia

  A hidrografia da região Norte é bastante rica, possuindo a maior bacia hidrográfica do mundo, a Bacia Amazônica, formada pelo rio Amazonas e seus afluentes.
  Na região Norte ainda podemos encontrar a Bacia do Tocantins e em um dos seus rios (rio Tocantins) está instalada uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo, a Tucuruí.

Vegetação

  É na região Norte que está localizado o maior ecossistema do mundo: a Floresta Amazônica. Podendo ser encontrado outros tipos de vegetação na região: mangue no litoral e algumas faixas de cerrado. 

  As principais características da Floresta amazônica são: arvores higrofilas, latifoliada e perenifólia, isto é, possui plantas adaptadas à umidade, com folhas largas e sempre verdes, e estão sempre próximas uma das outras, unidas por cipós e epífitas (vegetais que se apoiam em outros).
  Existem algumas variações na floresta Amazônica de acordo com o local. Próximo aos rios, onde a inundação é permanente a vegetação é mais baixa chamada de mata de igapó. Nas chamadas mata de Várzea onde a inundação não é permanente começam a surgir árvores mais altas.

Demografia

  A região Norte é a menos populosa do Brasil, abrigando 5.864.454 de habitantes em seu território, cuja densidade demografia é de apenas 4,77 habitantes por km².

Região Sul

  O Sul é a menor região do Brasil, com uma extensão territorial de 576.409,6 Km², sendo formado pelos estados de:






  As principais características da região Sul é a grande influência da cultura europeia – devido à imigração no século XIX, principalmente alemã e italiana –, a ótima qualidade de vida além de áreas com elevada industrialização.

Economia

  A região Sul é a segunda mais industrializada do país, apresentando elevada produtividade agropecuária e um setor industrial diversificado. A maior parte da população esta localizada em áreas metropolitanas, onde o serviço, o comércio e a indústria absorvem a mão-de-obra.

Relevo

  O relevo da região Sul é dominado, em sua maior parte, pelo planalto, algumas planícies e a campanha gaúcha. O planalto da região Sul é dividido em Planalto Atlântico ou Cristalino e o Planalto Meridional que é subdividido em Planalto arenito-basáltico e Depressão periférica. 
  • O planalto Cristalino: ocupa grande parte do Paraná, onde forma a Serra do Mar e uma pequena parte de Santa Catarina. 
  • O Planalto Meridional: ocupa a maior parte da região Sul, com extensões de arenito e basalto, sendo dividido em duas partes; 

  1. Planalto Arenito-basáltico: Acidente geográfico onde a diferença de resistência entre o basalto e o arenito forma as serras. Um exemplo é a Serra Geral em Santa Catarina; 
  2. Depressão Periférica: É uma área estreita e rebaixada com nome de planalto dos Campos Gerais no Paraná, e Depressão Central, no Rio Grande do Sul. 

Clima

  O clima da região Sul é o subtropical, exceto pelo norte do Paraná onde predomina o clima tropical de altitude. Com grandes variações de temperatura, é a região mais fria do país, onde durante o inverno ocorrem geadas, e em algumas localidades como a região central do Paraná, e o planalto serrano do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pode ocorrer até neve. As estações do ano são bastante diferenciadas e as chuvas caem sobre toda a região com certa regularidade durante todo o ano, mas no norte do Paraná elas se concentram no verão.

Hidrografia

  A região Sul possui duas importantes bacias hidrográficas: Bacia do Rio Paraná, onde está situada a Usina Hidroelétrica de Itaipu na divisa do Brasil com o Paraguai, e a Bacia do Rio Uruguai. A hidrografia da região Sul pode ser dividia em: Região hidrográfica da bacia do rio Uruguai, Região hidrográfica da bacia do Guaíba e Região hidrográfica das bacias do Litoral.

Vegetação

  A vegetação do Sul é bastante diversificada, apesar de ser lembrada pela Mata de araucária e os Pampas gaúchos. A Mata de Araucária, atualmente encontra-se bastante devastada, devido principalmente pela expansão agrícola. Está situada nas partes mais altas dos planaltos, onde se podem encontrar o pinheiro-do-Paraná, imbuia e a erva-mate, plantas características desse tipo de vegetação. 

  Existem grandes expansões de campos na Região Sul, os campos meridionais, que são divididos em Campos de planaltos que vão do Paraná até o norte do Rio Grande do Sul e os Campos da campanha situados nos pampas gaúchos com vegetação de coxilhas e ervas rasteiras. 
  No litoral da região existe a vegetação costeira com mangues, praias e restingas que se assemelham a outras regiões do Brasil.

Demografia

  Sua população é estimada em 27.386.891 de habitantes, cuja densidade demográfica e de 48,58 habitantes por quilometro quadrado. 

Região Sudeste

   A região Sudeste é a mais rica e populosa do Brasil. Sua extensão é de 924.511,3 Km², ocupando apenas 11% do território nacional. Seus estados são:







  O Sudeste possui como característica principal a grande concentração industrial – notadamente em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais – além de grande população absoluta e densidade demográfica.
  Exerce influência no espaço brasileiro como um todo, apresenta duas das mais importantes cidades do mundo – São Paulo e Rio de Janeiro.

Economia

  A economia da região Sudeste possui os números mais expressivos do país. Com efeito, a região lidera a produção econômica do país em vários setores. Na indústria merecem destaque a petrolífera, a química, a metalúrgica e a siderúrgica. No setor terciário podemos destacar o comercio, os serviços e o turismo. No setor agropecuário, mostra enorme potencial com atividade intensiva, seja na agricultura mecanizada, seja na pecuária, com incentivos e melhoramento genético.

Relevo

O relevo do Sudeste pode ser dividido em cinco partes: 
  • Planícies e terras baixas costeiras: podem variar entre grandes baixadas e partes mais estreitas, favorecem a formação de costas altas que entram em contato direto com o oceano Atlântico. Formam muitas praias, restingas, lagoas costeiras e baías. 
  • Serras e Planaltos do Leste e do Sudeste: são conhecidas também como planalto Atlântico, é a parte mais acidentada da região Sudeste. Sua característica é a formação de muitas serras cristalinas muito antigas, principalmente em áreas erodidas. Essas serras constituem a Serra do Mar. No oeste está localizado o Vale do Rio Paraíba do Sul, que separa a Serra do Mar da Serra da Mantiqueira. Ao norte as serras se afastam do litoral e dão origem a Serra do Espinhaço. 
  Ao norte de São Paulo e a oeste de Minas Gerais encontra-se a Serra da Canastra. Atrás da serra do Espinhaço, no noroeste da região é possível encontrar as chapadas sedimentares. Na transição com a região Centro-Oeste destaca-se o Espigão Mestre, que é uma extensão aplainada de rochas antigas e trabalhada pela erosão.
  •   Planalto Meridional: constituído por rochas sedimentares, ocupa o centro-oeste de São Paulo e o oeste de Minas Gerais. É formado por dois blocos: o planalto Arenito-basáltico e a Depressão Periférica. 
  • Planalto Arenito-basáltico: é constituído de rochas pouco resistentes como o arenito, e outras muito resistentes, como o basalto que é de origem vulcânica. Esses tipos de rochas favorecem o aparecimento de ''cuestas'', que são conhecidas popularmente como serras. Um exemplo é a serra de Botucatu. 
  • Depressão Periférica: encontra-se entre as serras e os planaltos do Leste e do Sudeste. São regiões baixas e planas.
Clima

  A região Sudeste apresenta quatro tipos climáticos: tropical, litorâneo úmido, tropical de altitude e subtropical úmido. Cada um desses tipos climáticos esta associado com determinada cobertura vegetal, altitude do relevo, maritimidade e continentalidade.
  • Tropical: Presente no oeste de São Paulo e em boa parte do centro oeste de Minas Gerais. Apresenta uma estação chuvosa e outra seca e temperaturas elevadas. As chuvas são provenientes da penetração da massa de ar úmida e quente atuante no verão.
  • Litorâneo úmido: Este clima pode ser encontrado em todo litoral da região, apresentando temperaturas elevadas e pluviosidade em torno de 1500 mm/ano.
  • Tropical de altitude: este clima apresenta temperaturas mais baixa que o clima tropical, sendo encontrado nas porções serranas da região.
  • Subtropical: está localizado no oeste-sudeste do estado de São Paulo, apresentando temperaturas medias anuis em torno de 15 °C. Este clima sofre as influências da massa de ar polar atlântica no inverno, podendo ocorrer geadas e queda de granizo sob tais condições meteorológicas.

Hidrografia

  Divido as suas características de relevo, predominam na região os rios de planalto. Entre as várias bacias hidrográficas, merecem destaque:
  • Bacia do Paraná: é formada principalmente, pelos rios Paranaíba e Grande. 
  • Bacia do São Francisco: seu principal rio é o São Francisco, que nasce em Minas Gerais. 
  • Bacias do Leste: é um conjunto de bacias de diversos rios que descem das serras litorâneas e chegam ao oceano Atlântico. Algumas dessas bacias: Pardo, Rio Doce e Jequitinhonha, em Minas Gerais, Paraíba do Sul, em São Paulo e Rio de Janeiro. 
  • Bacias do Sudeste-Sul: nessa bacia o destaque é o rio Ribeira do Iguape, em São Paulo.

Vegetação

  A vegetação da região Sudeste varia de acordo com o clima e encontrar-se bastante devastada por causa da expansão agrícola. A Floresta Tropical é predominante na região Sudeste. Nas encostas próximas do oceano, a Mata Atlântica é bastante rica em árvores altas e cipós. Na medida em que ela adentra o continente, devido ao clima seco, a mata fica menos densa. 

  Em algumas áreas do interior é possível encontrar matas ciliares na beira dos rios, e nas áreas onde o solo predominante é impermeável, a vegetação encontrada é o cerrado com suas árvores baixas, vegetação rasteira e arbustos. No norte de Minas Gerais a vegetação é a caatinga por causa do seu clima semiárido. Nas áreas mais altas da região Sudeste, aparece à mata de araucária. Encontram-se campos limpos no planalto do estado de São Paulo e os campos serranos no sul de Minas Gerais. No litoral da região Sudeste a vegetação predominante é a litorânea, típicas de praias. 

Demografia

  A Região Sudeste possui uma população de 80.364.410 de habitantes, e predominantemente urbana. A densidade demográfica é de 86,92 habitantes por quilômetro quadrado.

Região Centro-Oeste

A região Centro-Oeste é composta pelos seguintes estados:







  É a segunda maior região do Brasil, sua área é de 1.612.077,2 km², ocupando aproximadamente 18,86% do território brasileiro.
  Com a inauguração de Brasília, em 1960, houve uma grande mudança na região. O aumento da população e a construção de estradas e ferrovias foram intensos. Desde essa época o Centro-Oeste atrai imigrantes de outras regiões do Brasil.

Economia

  A região Centro-Oeste tem sua economia baseada no setor da agricultura, da pecuária, do extrativismo mineral e vegetal e da indústria. 
  Atualmente, o principal fator que promove o desenvolvimento no Centro-Oeste é a expansão da soja. Esta atividade é responsável pela modernização dos meios de comunicação, de transportes, da geração de emprego e renda.

Relevo

  O relevo da região Centro-Oeste possui altitudes diversas, resultante de fatores climáticos sobre rochas de resistências diferentes. Ela é composta por três relevos predominantes: 
  • Planalto Central: ocupa a maior parte da região e é formado por um grande bloco de rochas cristalinas que são encobertas por rochas sedimentares. Existem algumas partes em que as rochas cristalinas aparecem na superfície fazendo com que o relevo apresente ondulações. Nas áreas onde as rochas sedimentares cobrem todo o relevo são formadas as chapadas. As principais chapadas são: Chapada dos Parecis, Chapada dos Veadeiros e Espigão Mestre que divide a Bacia do Tocantins da Bacia do São Francisco; 
  • Planície do Pantanal: é uma planície que, periodicamente, é inundada pelo rio Paraguai e tem formação recente. Está situada entre os planaltos Central, Meridional e o relevo pré-andino; 
  • Planalto Meridional: vai da região Sul até os estados do Mato Grosso do Sul e Goiás, possui as terras mais férteis da região; 
Clima

  A região Centro-Oeste possui um clima tropical semiúmido tipicamente continental. Apresenta duas estações bem definidas: uma seca (inverno) e uma chuvosa (verão).
 O inverno apresenta temperaturas acima de 18 °C, durante o verão, a temperatura pode alcançar temperaturas superiores a 25 °C.
  As chuvas, além de concentradas em apenas uma estação do ano, se distribuem irregularmente na região, atingindo-se mais de 2.500 mm a noroeste de Mato Grosso e reduzindo-se a pouco mais de 1.200 mm em grande parte do território.

Hidrografia

  A Região Centro-Oeste é drenada por muitos rios, agrupados em três grandes bacias hidrográficas:
  •  Bacia Amazônica: em Mato Grosso, para onde se deslocam rios colossais, como o Xingu, ou rios que formam principais afluentes do rio Amazonas, como o Juruena e o Teles Pires que formam o rio Tapajós;
  • Bacia do Tocantins-Araguaia: ocupa o norte e o ponto mais a oeste de Goiás e o extremo leste de Mato Grosso;
  • Bacia Platina: subdividida em suas bacias hidrográficas: a bacia do rio Paraná e a bacia do rio Paraguai, no restante da região.


Vegetação

  Existe uma grande variedade na vegetação da região Centro-Oeste em decorrência do tipo de solo e quantidade de chuva no local. 
  No norte e oeste está presente à floresta Amazônica, mais a maior parte da região é coberta pelo cerrado.

  No Mato Grosso do Sul existe uma localidade isolada de campos limpos conhecido na região como vacaria, por ser utilizada na pecuária. A região do Pantanal, sempre alagável nas cheias de verão, possui uma vegetação típica e muito variada. Aí aparecem concentradas quase todas as variedades vegetais do Brasil: florestas, campos e até mesmo a caatinga.

Demografia

  Conforme contagem populacional realizada em 2010 pelo IBGE, a população total do Centro-Oeste é de 14.058.094 habitantes, cuja densidade demográfica é de 8,75 habitantes por quilometro quadrado. 

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